sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Pão








Falar de pão é algo subjetivo nos nossos dias. Há quem não dispensa o glúten na receita de pão e há quem o exclua sem culpa. Há quem o consuma com moderação e há quem não abra mão dele nas refeições. Há quem o consuma sem olhar rótulos e há quem condena qualquer forma industrializada dele. Há quem só compre o pão artesanal e há quem pouco se importa. Há os que precisam dele para sobreviver e os que dele se deliciam como um mero acompanhamento.
O pão remete-nos a diferentes lugares e tempos na história. Ouvimos desde crianças, histórias que falavam do preparo do pão. Quantos de nós tivemos oportunidade de amassar e assar pão quando éramos crianças? Eu me lembro de ter tido essa oportunidade na escola e em casa, algumas vezes. Era super divertido ver a massa crescer antes e depois de ir ao forno.
Em São Paulo não faltam padarias maravilhosas por toda parte. É raro passar por algum quarteirão que não tenha uma ou duas padarias. Isso, sem contar as “portinhas” escondidas onde se vende pães artesanais feitos em quantidade limitada. Ainda sobre pães artesanais, existem alguns produtores caseiros que só divulgam sua produção em rede social e criam uma espécie de freguesia “privê” com direito a encomendas personalizadas e delivery diário.
Outro aspecto que me chamou atenção em São Paulo, falando de pão, são as escolas e os profissionais que oferecem cursos de panificação. Alguns desses cursos custam uma fábula, pois, além do professor ser renomado no assunto, repassam o levain como valor agregado ao pacote do curso e, se você ja experimentou a dificuldade de não deixar tal liga morrer, vai reconhecer que vale o esforço financeiro.
Eu ainda não tenho minha padaria predileta em São Paulo, mas, na semana passada experimentei a bisnaguinha do Bistrô de Paris, na Rua Augusta. Ela chega quentinha, crocante, dentro de um saquinho de papel, acompanhada de uma manteiga honesta e você acaba consumindo-a em menos tempo do que se esperava.
Portanto, repasso para vocês alguns locais que oferecem curso de panificação, embora não os tenha visitado e recomendo dar uma passadinha no Bistrô de Paris e provar o pão que mencionei.

Onde estudar:
Levain Escola de Panificação (Rogério Shimura): Rua Dom Lucas Obes, 494/496. Ipiranga. 
Cursos de Panificação SENAC SP: informações pelo telefone 11-4090-1030.

Onde comer:
Bistrot de Paris: Rua Augusta, 2542. Jardins. SP

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Café Reserva da Serra








Quando se trata de alimentação, gosto de conhecer e experimentar produtos artesanais, de preferência, de produtores locais da minha região.

Essa semana, ao fazer as compras para o almoço do Dia dos Pais, deparei-me com um pequeno stand dentro de um supermercado famoso aqui de São Paulo, onde fui apresentada ao Café Reserva da Serra Gourmet.

Trata-se de um café 100% arábica, com os grãos torrados artesanalmente, produzido na região de Morungaba (SP) no sítio Hirondelle. O produtor estava dando um sampler do café para quem desejasse provar e apresentando outros produtos.

Além do café, o pequeno produtor estava apresentando o mel, por ele fabricado. Como não podia deixar de ser, comprei uma bisnaga para experimentar.

Não costumo comprar café em grãos, mas, dessa vez, pelo perfume que senti ao apertar a embalagem e sentir o aroma do café, fiquei com vontade de tirar meu moedor de café que estava esquecido dentro do armário. Comprei um pacote de 500 grs da versão gourmet. Eles vendem também o pacote do café já moído, caso prefiram.

Chegando em casa, reuni a família em volta da mesa e moemos o Café Reserva da Serra Gourmet para provarmos juntos. Que aroma delicioso! O café é encorpado, frutado, baixa acidez e de um paladar diferenciado, lembrando caramelo. Eu gosto de café forte, portanto, me agradou de imediato. Meu esposo que prefere um café mais fraco, colocou um pouco mais de água. Valeu muito a experiência e acredito que a venda desse café aqui em São Paulo será um sucesso!

Quanto ao mel, vou fazer um post a parte, pois, ainda não provei.

Se você tiver a chance de apoiar produtores locais, estou certa de que estará levando para sua mesa, não apenas um produto saudável, como também estará promovendo o progresso da sua região.

Contato: email - walterhahn1@hotmail.com  ou @http://melcafereservadaserra.business.site/


quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Bolo e Brigadeiro








Precisei escolher um local para encomendar o bolo e os brigadeiros para o aniversário da minha filha. Ela queria algo simples e gostoso. A comemoração seria um churrasco para alguns poucos amigos, na nossa casa.

Optamos por um bolo de brigadeiro duplo e massa de chocolate. Por fora, havia uma decoração com doce de leite super caprichosa. O bolo veio embrulhado no celofane com um laço de fita cor de rosa. Por dentro, estava bem molhadinho, com fartura de recheio, do jeito que eu gosto. Detesto bolo seco e sem muito recheio. Mas, no nosso caso, não sobrou nenhum pedaço do bolo pra contar história. Essa, pra mim, é a melhor forma de avaliar se o produto agradou.

Os brigadeiros que encomendamos eram de três diferentes sabores: chocolate amargo, churros e leite ninho. Como estamos falando de brigadeiro gourmet, o tamanho era maior que o daqueles docinhos de festa que costumamos comer. Estavam muito macios e saborosos. Ao dar a primeira mordida, percebe-se que os ingredientes são de qualidade. Além disso, a textura estava na medida certa. Tal qual o bolo, os brigadeiros desapareceram como que num passe de mágica!

A concorrência entre confeitarias em São Paulo é séria. Existem muitos bons locais para se encomendar bolos e doces. Desde uma simples padaria até uma chocolateria de grife, são muitas as opções de fornecedores de doces, bolos e bombons. Gosto de pedir uma degustação, antes de fazer qualquer encomenda. Ao provar pequenas porções, ja temos uma idéia do tipo de ingredientes que  são usados. Nem todas as confeitarias costumam oferecer degustação, muitas vezes temos que solicitar.

Enfim, no nosso caso, como minha filha já havia provado e gostado dos doces da Pikurruchas, em Perdizes, não houve necessidade de solicitar uma degustação. O Pikurruchas é uma espécie de café-confeitaria, não muito grande, com decoração nos tons de rosa e com uma equipe super atenciosa. Devo admitir que a tarefa de provar e escolher os sabores dos brigadeiros não foi fácil. Gostamos de tudo que nos deram pra provar. Trouxe pra casa duas palhas italianas de chocolate branco e um mini bolo de cenoura recheado com chocolate que logo foram consumidos. O cafezinho ficou como cortesia da casa.

Essa confeitaria tem um cardápio bastante original e, a cada semana, eles oferecem um bolinho molhado com brigadeiro quente, preparado na hora de servir, variando os sabores da massa e do recheio. Eu vi um deles sendo servido na mesa ao lado e me deu água na boca. 

Bem, enquanto aguardo as próximas festas de família, sigo testando bolos e doces nessa cidade gastrocultural que me encanta!


Onde comer: Pikurruchas - Rua Vanderlei, 1612. Perdizes. SP

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Café com Pão de Queijo I






Café e pão de queijo. Amo! Na família da minha mãe, pão de queijo era feito ralando-se o queijo de minas curado e juntando o óleo e o polvilho numa bacia grande. Depois era só amassar, enrolar, colocar no tabuleiro e assar em forno quente. Quando aquele cheiro inconfundível invadia os demais cômodos da casa, era hora de colocar a água pra ferver e coar um café fresquinho para tomar junto com aqueles deliciosos pães de queijo.
Algumas vezes a gente gostava de abrir o pão de queijo e passar manteiga. Outras vezes, passávamos doce de leite ou goiabada cascão. Que maravilha!
O café lá em casa era um verdadeiro ritual. Minha mãe nunca teve garrafa térmica. Ela não sabia o que era tomar café sem coar na hora de servir. O coador, tinha que ser de pano e o pó, quanto mais intenso o café, melhor. As xícaras eram esquentadas, o bule ficava no banho maria, tudo feito para servi-lo bem quentinho. Um detalhe que vale mencionar, era uma espécie de esponjinha roliça com elástico que minha mãe encaixava na base do bico do bule para não deixar escorrer nenhuma gotinha e sujar o lindo forrinho de linho sobre a bandeja. Nunca mais vi esse pequeno adereço para vender, nas lojas de utilidades domésticas.
Que boas lembranças de café com pão de queijo na casa da minha vó, na casa das minhas tias, na casa da minha mãe e de toda família mineira! Nas férias, visitando tias em Araguari e Uberlândia, provar o pão de queijo e tomar um cafezinho era mandatório. Lembro-me com saudade desse tempo bom que não volta mais.
Vindo morar em São Paulo, algumas experiências gastronômicas foram se ampliando e, uma delas que me surpreendeu positivamente, foi, justamente, provar um pão de queijo servido de uma forma diferente da que eu estava acostumada.
Minha filha gosta de nos apresentar alguns quitutes paulistanos diferentes e apetitosos e foi ela quem nos levou ao pequeno restaurante A Baianeira, na Barra Funda. Lá, pude experimentar um café com pão de queijo recheado com ovo caipira frito. Tem também a opção do ovo com carne de panela desfiada. Bem, no meu caso, esse ingênuo pão de queijo, terminou sendo uma verdadeira refeição. Nem preciso dizer que estava delicioso! Vale conferir!

Onde comer: A Baianeira – Rua Dona Elisa, 117. Barra Funda. SP.