quinta-feira, 21 de março de 2019

Bye, bye, carnaval!









No Brasil, parece que o ano só começa de verdade após as festividades do carnaval. Isso é percebido por toda parte: as turmas das academias ficam vazias e, logo após o carnaval, booom! Parece que todo mundo desejou aparecer de uma só vez! O mesmo vale para o trânsito: as vias ficam mais espaçosas, os dias de rodízio mal são sentidos com pesar e, como que de supetão, na primeira segunda-feira pós carnaval, o caos já se instalou totalmente e, lá está você levando três vezes mais tempo no deslocamento casa-trabalho! Aff!

Podia dar outros exemplos dessa natureza, voltados para o comércio, os serviços públicos, as escolas, etc. Esse fato de tudo voltar a funcionar após o carnaval, me tirou da minha zona de conforto em muitos sentidos, pois, quando se mora numa metrópole como São Paulo, todo esse novo ritmo é sentido de forma explícita. Não dá para não perceber.

Pois bem, no meu caso, tal ritmo me empurrou, mais uma vez, para a realidade de não saber o que fazer após aposentadoria. Sim! Por incrível que pareça, me aposentei há um ano e continuo sem saber qual será minha próxima fase na vida produtiva. Faz tempo que venho me perguntando qual será minha próxima carreira ou, meu novo meio de ganhar a vida, por assim dizer. Talvez se eu tivesse contratado um coach profissional, tal indagação já estaria respondida. Será?

Enquanto esperava chegar o esperado dia de me aposentar, comecei a ler e estudar assuntos diversos, além de fazer cursos e participar de seminários e workshops. Passeei pela área de nutrição, aromaterapia, culinária, terceiro setor, voluntariado, eventos e, nada me deu alguma certeza de que queria me aprofundar e fincar meus pés, profissionalmente falando. Continuei lendo sobre temas diferentes do que eu havia lido ao longo de toda minha carreira de magistério e, quando eu menos percebi, estava aposentada, sem saber com o quê, como e onde atuar. Passaram-se doze meses até aqui e sinto que preciso ter mais foco nessa busca e/ou talvez buscar ajuda externa.

Cheguei a essa conclusão ao perceber que tal postura requer um reeditar-se não apenas profissionalmente, mas, como mulher, esposa, mãe, futura sogra, futura vó, amiga, vizinha e por aí vai… O tempo passa, a gente muda, o contexto muda, as pessoas ao nosso redor mudam e, acompanhar todas essas mudanças requer concentração, orientação e atitude. Admitir que precisamos sair de um local conhecido para outro deveras desconhecido, muitas vezes nos gera insegurança e senso de incapacidade, sem falar na acomodação.

Tenho sido sincera para comigo mesma, porém, só essas pesquisas e autoconhecimento não foram suficientes para me mover no grande tabuleiro da vida. Fiz alguns movimentos sutis, porém, pouco expressivos. Desejo remir o tempo daqui pra frente, visando atingir um novo patamar de realização, enquanto ainda tenho saúde, disposição e um time de torcedores em casa que sempre me indagam sobre essa questão, ávidos por me verem com maquiagem e sem chinelo nos pés.

Ironias a parte, tão logo isso aconteça, prometo escrever para vocês, dando dicas assertivas e recomendações eficazes. Caso tenham sugestões práticas para compartilhar, sintam-se a vontade para repartir aqui no Blog.


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