sábado, 9 de maio de 2020

Dia das Mães em quarentena






Primeiro Dia das Mães em quarentena, quem diria! Penso que, se assim Deus permitir, será minha primeira e única experiência dessa natureza. Gosto de fazer analogias e, quando paro pra pensar na riqueza desse momento, me sinto passando por um novo resguardo em plena fase da maturidade!
Ao lembrar dos meus dois períodos de resguardo, recordo-me de ficar por conta dos bebês e me sentir um tanto inexperiente e esgotada, não conseguindo dormir direito e tendo que assumir responsabilidades inéditas. Alguma semelhança com o que vocês estão vivendo, mães?
Quando minha filha nasceu, tive apoio de minha mãe durante todo o resguardo da minha primeira filha e isso foi essencial para meu equilíbrio emocional. Desde o suporte com as visitas nos primeiros dias, passando pelos plantões noturnos e tudo de bom que uma mãe e vó coruja pode dar, lá estava minha mãe alegremente me apoiando. Sem falar no colo que eu também recebia, ao poder dormir no meio da tarde, sabendo que o controle do manche estava com ela. Como foi bom! Sou eternamente grata!
No sétimo mês de gravidez do meu segundo filho, perdi minha mãe. Deixei-a em casa a noite e, na manhã seguinte, estava me despedindo dela. Minha irmã também estava grávida de nove meses e a perda inesperada de nossa mãe  nos marcou bastante. Foi o momento mais difícil que já vivi, reconheço. Sabia que Deus não havia perdido o controle da situação, porém, todas as minhas emoções e células do meu corpo tentavam me convencer do contrário. Foi uma fase difícil.
Voltando ao meu segundo resguardo, dessa vez,  sem minha mãe por perto e com uma filha de três anos, devo admitir que foi bem mais difícil que o primeiro. Lembro-me de ter prendido nas portas dos guarda-roupas e espelhos da casa, diversos bilhetinhos com promessas bíblicas a respeito de filhos, do tipo  “… herança do Senhor são os filhos”, ou,  “..não vos dei filhos para calamidade” dentre outras. Tudo que me ajudava a ter forças nesse período de resguardo, eu procurava obter. Esposo, família e amigos cercaram-me de mimos e palavras de amor durante todo esse tempo. Sobrevivi! E o melhor, meus dois filhos também!
Agora, aos 54 anos, com os filhos adultos, cá estou eu novamente de resguardo. Um resguardo forçado, porém, extremamente prazeroso. Conviver com meus filhos 24 horas por dia, tem sido uma experiência das mais ricas e gratificantes. Diferentemente dos demais resguardos, dessa vez, tenho podido cuidar e ser cuidada, chorar e ser consolada, cair e ser levantada. Muitos são os momentos de rir juntos, faxinar juntos, cozinhar juntos, orar juntos e usufruir, juntos, desse tempo precioso que Deus nos tem dado.  Como toda mãe em quarentena, tenho minhas dificuldades também. Há dias um tanto nublados e outros, ensolarados. Poderia contar algumas dessas dificuldades vencidas, mas, o Post ficaria muito longo.  
Olhando pra trás, percebo que cada um desses resguardos me fez crescer um pouco mais na relação comigo mesma, com meus filhos e com Deus. A maternidade me ensina o tempo todo e, nessa quarentena, as aprendizagens tem sido intensas!
Quanto ao meu primeiro Dia das Mães em quarentena, algumas práticas habituais terão que aguardar um pouco, por exemplo: não vai rolar o tradicional brunch dominical no restaurante da esquina, mas, vai rolar muita coisa gostosa que, já na véspera, esposo e filhos estão preparando com muito carinho na cozinha; não vai rolar luzes do cabelo retocadas e unhas feitas, mas, me sinto bela e amada do mesmo jeito; não vai rolar  roupa nova pra usar, mas, estou vestida de saúde e isso é o que importa.
Pode parecer clichê, mas, posto aos quatro ventos: sou a mãe mais feliz do mundo!

quinta-feira, 21 de março de 2019

Bye, bye, carnaval!









No Brasil, parece que o ano só começa de verdade após as festividades do carnaval. Isso é percebido por toda parte: as turmas das academias ficam vazias e, logo após o carnaval, booom! Parece que todo mundo desejou aparecer de uma só vez! O mesmo vale para o trânsito: as vias ficam mais espaçosas, os dias de rodízio mal são sentidos com pesar e, como que de supetão, na primeira segunda-feira pós carnaval, o caos já se instalou totalmente e, lá está você levando três vezes mais tempo no deslocamento casa-trabalho! Aff!

Podia dar outros exemplos dessa natureza, voltados para o comércio, os serviços públicos, as escolas, etc. Esse fato de tudo voltar a funcionar após o carnaval, me tirou da minha zona de conforto em muitos sentidos, pois, quando se mora numa metrópole como São Paulo, todo esse novo ritmo é sentido de forma explícita. Não dá para não perceber.

Pois bem, no meu caso, tal ritmo me empurrou, mais uma vez, para a realidade de não saber o que fazer após aposentadoria. Sim! Por incrível que pareça, me aposentei há um ano e continuo sem saber qual será minha próxima fase na vida produtiva. Faz tempo que venho me perguntando qual será minha próxima carreira ou, meu novo meio de ganhar a vida, por assim dizer. Talvez se eu tivesse contratado um coach profissional, tal indagação já estaria respondida. Será?

Enquanto esperava chegar o esperado dia de me aposentar, comecei a ler e estudar assuntos diversos, além de fazer cursos e participar de seminários e workshops. Passeei pela área de nutrição, aromaterapia, culinária, terceiro setor, voluntariado, eventos e, nada me deu alguma certeza de que queria me aprofundar e fincar meus pés, profissionalmente falando. Continuei lendo sobre temas diferentes do que eu havia lido ao longo de toda minha carreira de magistério e, quando eu menos percebi, estava aposentada, sem saber com o quê, como e onde atuar. Passaram-se doze meses até aqui e sinto que preciso ter mais foco nessa busca e/ou talvez buscar ajuda externa.

Cheguei a essa conclusão ao perceber que tal postura requer um reeditar-se não apenas profissionalmente, mas, como mulher, esposa, mãe, futura sogra, futura vó, amiga, vizinha e por aí vai… O tempo passa, a gente muda, o contexto muda, as pessoas ao nosso redor mudam e, acompanhar todas essas mudanças requer concentração, orientação e atitude. Admitir que precisamos sair de um local conhecido para outro deveras desconhecido, muitas vezes nos gera insegurança e senso de incapacidade, sem falar na acomodação.

Tenho sido sincera para comigo mesma, porém, só essas pesquisas e autoconhecimento não foram suficientes para me mover no grande tabuleiro da vida. Fiz alguns movimentos sutis, porém, pouco expressivos. Desejo remir o tempo daqui pra frente, visando atingir um novo patamar de realização, enquanto ainda tenho saúde, disposição e um time de torcedores em casa que sempre me indagam sobre essa questão, ávidos por me verem com maquiagem e sem chinelo nos pés.

Ironias a parte, tão logo isso aconteça, prometo escrever para vocês, dando dicas assertivas e recomendações eficazes. Caso tenham sugestões práticas para compartilhar, sintam-se a vontade para repartir aqui no Blog.


segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Viagem em Família








Amo viajar! Conhecer lugares novos, experimentar sabores exóticos, apreciar diferentes paisagens, sentir aromas e perfumes diferentes, como gosto disso!

Se, além de viajar, pudermos levar entes queridos conosco e aumentar o grupo, melhor ainda! Tudo fica mais animado! Gosto de poder compartilhar o que vejo com os outros. Me encanta, uma mesa grande, num restaurante qualquer, ainda que tendo que esperar no bar a mesa vagar. A refeição parece que ganha outro sabor!

Viagens em família trazem sempre recordações memoráveis. De uma forma especial, Natal e Ano Novo sempre nos remetem a estar com os familiares mais próximos, não é mesmo?

Esse final de ano, como minha única irmã estava com os dois filhos estudando na Europa, resolvemos nos unir e passar o Natal, juntos, em Strasbourg. Inicialmente, meu esposo relutou um pouco, com a ideia de viajarmos para um país frio, porém, após insistência dos filhos e minha, obviamente, logo se animou e comprou as passagens.

Strasbourg é uma cidade muito linda! Estava toda enfeitada para o Natal e havia muitas pessoas fazendo o mesmo que nós. Por toda parte havia barraquinhas vendendo comidas típicas e artesanato. Eles gostam de oferecer vinho quente e suco de laranja quente, para espantar o frio. Nós compramos alguns artesanatos alsacianos e meus filhos compraram gorros de lã para se aquecerem.Foram dias muito prazerosos! 

De lá, voltamos para Paris, onde jantamos mais uma vez juntos e nos despedimos. A família da minha irmã seguiu para Inglaterra e nós ficamos em Paris uns dias, antes de seguir para Portugal.

Quando viajamos em grupo, temos que ter o espírito esportivo e relaxar! Cada um tem sua forma de curtir uma viagem: uns ficam tirando fotos e postando, o tempo todo; outros adoram entrar em lojinhas e bisbilhotar tudo, sem comprar nada; outros preferem sentar numa mesa de bar , pedir uma taça de vinho nacional e observar os turistas que passam; outros ficam atrás de passeios mais radicais, buscando emoções fortes. Enfim, há espaço para tudo e todos, quando se trata de uma viagem em família.

Voltar de uma viagem dessas, ainda que por poucos dias, me revigora o coração! Poder ver meus filhos e sobrinhos sempre juntos, mudando de fase na vida e compartilhando a existência, é um privilégio! Sinto que, daqui a pouco, quando estiverem casados, talvez fique mais difícil reunir o grupo todo em uma viagem longa e cara. Portanto, temos que aproveitar esses momentos de amor e união. Agradeço a Deus por meu esposo também sentir que isso é importante na nossa vida em família.

A convivência com quem amamos, é uma dádiva! Essa convivência se sobrepõe a qualquer eventual desencontro ou frustração que, inevitavelmente, possa aparecer. São muitos fatores que podem tentar roubar sua alegria numa viagem em grupo ou, em família: o clima chuvoso, a falta de vaga no show do seu artista predileto, o restaurante cheio, a barulheira da mesa ao lado, o atraso do trem, o voo cancelado, a reserva que não foi feita no seu restaurante predileto, enfim, quando estamos falando de viagem em família, meu conselho é: se prepare para deixar o coração falar mais alto e curta cada instante dessa aventura em grupo. 

Em 2019, inclua viagens em família e também com amigos e pessoas que você tem afinidade, na sua programação anual. Faça viagens com seu cônjuge e filhos. Faça uma viagem de casal, num lugar romântico. Leve seus pais idosos para uma viagem curta num lugar que eles gostariam de conhecer. Uma viagem tem o poder de renovar as energias e alimentar os relacionamentos. Experimente o prazer de repartir emoções e aventuras com quem você ama. Boa viagem!


quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Metas para 2019






No mês de dezembro, temos o costume de estabelecer alvos e metas para o novo ano que se inicia. É um costume tradicional para muita gente. Essa prática tem tudo para ser algo desafiador, porém, pode ser tremendamente frustrante.

Gosto de pensar que todo mundo possui objetivos macro e micro, nas diversas áreas de sua vida. Se você é uma pessoa organizada, terá seus objetivos classificados por área e tempo de conclusão. Por exemplo, na área de saúde, você pode estabelecer o objetivo de perder peso, praticar atividade física regular e fazer o check-up anual. Na área de trabalho, você pode estabelecer o cumprimento de algumas metas financeiras e a introdução de um novo curso para seguir, visando seu aperfeiçoamento. E por aí vai…

Acredito que seja importante tirar um tempo para esses planos, de forma organizada e estabelecendo metas factíveis. Se o não atingimento de metas já é frustrante, imagina o quão frustrante seria estabelecer metas irreais, não passíveis de serem cumpridas.

Portanto, recomendo que essa prática se mantenha, mas que, ao invés de simplesmente listarmos objetivos aleatórios, possamos refletir antes de iniciar a lista. Pensar no que seria uma meta real, em determinada área da sua vida, num prazo razoável que você consiga cumprir, é a melhor forma de iniciar sua lista. Ainda seguindo o exemplo da saúde, por exemplo,você pode estabelecer perder três quilos em um ano e manter o peso até o final do ano, ao invés de querer emagrecer um quilo por mês ou dez quilos num ano e não conseguir concretizar nem um, nem outro.

Se você é casado e costuma ter essa prática de estabelecer alvos para o novo ano, eu o estimulo a convidar seu (sua) parceiro (a) a também estabelecer metas nas diferentes áreas da vida. Um aspecto interessante que eu sigo, desde que me casei, é estabelecer alvos em comum. Pensar em alguns objetivos a serem atingidos em conjunto. Por exemplo: na área financeira, guardar dez por cento do salário, durante doze meses, para dar uma entrada na casa própria. Ambos fariam esse compromisso e um ajudaria o outro a não deixar de cumpri-lo. Outros objetivos envolvendo dar tempo de atenção aos filhos, incluir uma agenda romântica, ter mais qualidade de vida em família, são alvos interessantes de se pensar.

Por fim, se você é uma pessoa cristã, que acredita em Deus e no poder da oração, sugiro tirar um tempo a sós com o Espírito Santo e buscar incluir em sua lista de resoluções para o novo ano, algumas virtudes e sentimentos que você deseja aumentar em seu coração e mente. Vale, por exemplo, desejar ter mais paciência, desejar ser mais grato e expressar gratidão ao próximo. Vale querer ser mais gentil e menos áspero. Vale ter mais momentos de paz de espírito e meditação. Enfim, inclua alvos imateriais de grande valor na sua lista.

Meu desejo é que possamos cumprir e realizar tudo aquilo de melhor que estabelecermos para 2019, numa perspectiva de crescimento pessoal e benefício da coletividade.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Merry Xmas!







Quando chega o mês de dezembro, tudo fica mais festivo aqui em casa! Parece que os enfeites e as luzes do Natal preenchem cada cantinho da nossa casa, criando um clima prazeroso! Amo essa época do ano!!

Na nossa família, costumamos esperar o mês de dezembro chegar para montarmos nossa árvore de Natal: ao som de uma bela playlist natalina, com muita disposição para desencaixotar os enfeites novos e velhos, lá vamos nós!!

Temos feito assim sempre. As vezes trocamos o modelo da árvore e, outras vezes, doamos as bolas e laços para alguém, com o intuito de renovar a decoração. Variar as cores e os tipos de enfeites, faz parte do jogo.

Meus filhos hoje são adultos, mas, adoram esse momento em família! É puro prazer e diversão! Tenho certeza de que perpetuarão com seus filhos essa tradição de montar a árvore de Natal juntos.

Nossa árvore depois de montada, recebe as luzes do pisca-pisca e fica deslumbrante! Apago as luzes e deixo acesos, apenas, a árvore, os enfeites com Led e, algumas vezes, a lareira da sala nos aquece com sua luz e calor. Que gostoso!

Na decoração, como um todo, gosto de priorizar a cor vermelha do Natal, pois, coincidentemente, esse tom prevalece na decoração permanente da nossa sala de visitas. Tenho um aparador vermelho, um tapete persa vermelho e alguns objetos decorativos nessa mesma cor, fixos na sala.  Portanto, vocês podem imaginar que combinação feliz, a minha, nessa época do ano.

Não sou a melhor pessoa para dar toques de decoração e beleza. Diria que meu senso estético é mediano, todavia, tenho boa imaginação e criatividade suficientes para deixar tudo perfeitamente harmonizado.

Por fim, enfeitar a casa para o Natal, me remete a enfeitar, também, nossos corações e mente com sentimentos, lembranças e valores que Jesus nos deixou. Para esse fim, ter e ler um livreto de meditações natalinas diárias ou, seguir o próprio Calendário do Advento, são boas sugestões, principalmente se você tiver crianças em casa. Leia um versículo a cada dia do mês de dezembro com seus filhos e traga alguma lembrancinha, em forma de presente, associando ao nascimento de Jesus. Fiz isso muitas vezes aqui em casa e meus filhos e sobrinhos amavam!

Que esse Natal seja iluminado! Que sua árvore também esteja enfeitada e perfumada com o bom perfume de Cristo!


quinta-feira, 22 de novembro de 2018

Em clima de Thanksgiving










Comemorar o Dia de Ação de Graças é motivo de muita alegria em meu coração!

Nunca morei em países onde essa tradição é mantida, mas, por uma feliz coincidência, a família da minha mãe sempre gostou de celebrar esse dia! No mês de novembro, a quarta quinta-feira do mês, é um dia especial para nós!

Na minha casa, costumamos assar um chester ou um peru, dependendo de quantas pessoas irão jantar conosco. Se são poucas pessoas, ou só o casal, costumo assar codornas ou galetos e enfeitá-los da mesma forma que o peru, com direito a fios de ovos, cerejas, compotas de frutas e tudo mais. As guarnições são as sugeridas pelos americanos: purê de batatas ou de abóbora, vagens cozidas, arroz e uma bandeja de frutas. Costumo servir um molho, a parte, para a ave.

Gosto de usar uma louça especial e enfeitar a mesa com as cores e os motivos tradicionais de um verdadeiro Thanksgiving Day. Vale colocar abóboras, folhagens, grãos, frutas, velas e tudo que a imaginação permitir! Fica muito bonito! Todos sempre admiram a decoração da mesa e o carinho da preparação dos pratos. Essa foto do Post foi um dos arranjos da mesa em 2017. Lembro que recebemos a visita de uma amiga querida da nossa filha, a Isabela e ficamos muito contentes com a mesa farta!

Antes da refeição, costumamos dar graças juntos e recordamos os principais motivos de gratidão que tivemos no ano, até novembro. É incrível como temos facilidade em lembrar das dificuldades enfrentadas e uma certa dificuldade, em lembrar das alegrias vividas. Mas, nessa data especial, talvez pelo clima festivo, nossa mente se esforça e conseguimos trazer à memória tudo aquilo de melhor que vivenciamos de bom.

Meu esposo gosta de mencionar alguma passagem bíblica que ilustre esse clima de gratidão. São muitos os textos, mas, sem sombra de dúvidas, o sacrifício de Jesus na cruz por nós é o maior de todos os motivos que nos leva a agradecer!

Se você não costuma celebrar o Dia de Ação de Graças com sua família, ou, com alguém especial, eu o desafio a experimentar o prazer de separar um momento, um dia somente para agradecer. Você vai sentir a presença de Deus nessa comunhão  em família e, provavelmente, vai querer repetir no ano seguinte.

Happy Thanksgiving!!!


quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Paisagens de Outono









Amo viajar! Costumo viajar bastante com meu esposo, meus filhos e, algumas poucas vezes, viajo sozinha. Nossas viagens incluem sempre um hotel confortável e visita a bons restaurantes e mercados locais. A parte cultural nem sempre é contemplada, porém, tentamos incluir algum show ou exposição pela redondeza. As visitas aos pontos turísticos tornam-se prioritárias, apenas quando visitamos pela primeira vez algum lugar. Na segunda, ou, terceira vez, evitamos filas e compromissos com hora marcada. Tem sido assim, nos últimos dez anos, eu diria.

Essa semana, eu e meu esposo visitamos Boston e Montreal em pleno outono. Que estação magnífica! Como brasileira e nunca tendo a oportunidade de morar fora do Brasil, fico encantada com essa estação e suas cores! São tons de uma paleta em tons degradê incrível! Do vermelho, passando pelo marrom, laranja e amarelo, me encanto com as folhas que se espalham pelo chão.

Gosto de caminhar e sentir o vento vindo em minha direção, me lembrando que o inverno está pra chegar. Não tenho isso no meu dia a dia. Me sinto dentro de algum filme de Hollywood, ao atravessar alamedas floridas, vestida com casacos robustos, gorros e luvas, bebendo uma bebida quente e calçada com botas de cano alto. Quanto glamour num simples caminhar! Quanta beleza, por onde passar!

Além das flores e folhas, me encanta ver o peso da história que carregam algumas das construções que visito. São igrejas, antigos conventos ou hospitais, locais que falam e choram ao mesmo tempo. Lugares repletos de história e que foram preservados. Nossa imaginação vagueia no tempo, tentando imaginar um pouco daquilo que viveram nossos antepassados. Esse exercício mental é prazeroso e nos traz uma sensação bastante diferente daquela que temos num ambiente meramente virtual. Gosto de aguçar meus sentidos nessas caminhadas por locais distantes, sentindo o cheiro da grama molhada, ouvindo pessoas falando diferentes idiomas ao meu redor, apreciando a beleza das paisagens que me cercam.

Viajar e poder vivenciar novas paisagens, novas culturas, novos saberes, novos sabores! Que privilégio! Espero poder ter muitas outras oportunidades como a que tive nesse outono de 2018 para compartilhar com vocês.